Na hora de financiar um imóvel é importante conhecer as taxas envolvidas, já que elas podem influenciar diretamente no valor final do bem. Além disso, planejar e saber como quitar todas essas tarifas é uma forma de evitar transtornos e dores de cabeça.
Ao financiar um imóvel, os valores podem sofrer correções que precisam ser adaptadas a cada contrato, de maneira que não gere um volume acumulado de juros para o comprador. Por isso, na hora de escolher e contratar um financiamento, é preciso saber as características de cada encargo, além de seus riscos e os cuidados a serem tomados.
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre taxa de juros de financiamento de imóvel e a importância de conhecer todas as modalidades na hora de fechar o negócio. Confira e boa leitura!
O que é a taxa de juros no financiamento de imóvel?
O financiamento imobiliário é uma operação de crédito na qual o cliente adquire o imóvel, mas quem faz o pagamento no ato da compra é uma instituição financeira, normalmente um banco. Nesses casos, o comprador se muda e usa o local enquanto paga a dívida ao longo dos anos, mas o imóvel fica como propriedade da instituição financeira. Só após a quitação, o bem passa para o nome do comprador.
Em geral, os contratos de financiamento de imóveis são longos e podem durar mais de 20 anos. A prestação de um financiamento imobiliário tem:
- amortização mensal: o valor é abatido no total da dívida e varia de acordo com o saldo devedor e com o prazo do contrato;
- juros: custo do empréstimo do dinheiro para o pagamento do financiamento. Esse montante é calculado conforme o saldo devedor e a taxa de juros, acertada previamente entre as partes no ato da contratação;
- seguros: são as taxas de proteção contra possíveis graves problemas com o imóvel ou com o comprador e também são contratados na hora da negociação;
- taxa de administração: é o valor pago todo mês pelo trabalho feito pela instituição financeira para gerenciar a operação.
Como os financiamentos imobiliários podem durar muitos anos e a economia nacional é bastante dinâmica, os bancos têm duas modalidades para garantir o retorno financeiro:
- taxa de juros anual com taxa de referencial;
- taxa de juros anual com IPCA.
A primeira é calculada pelo Banco Central e muda conforme as decisões do governo. Já a segunda é a taxa corrigida de acordo com o índice oficial de inflação do mês.
Qual a importância de conhecer as modalidades de taxas?
Para fazer a melhor escolha é importante conhecer sobre todas as modalidades de taxas, considerando a inflação ao longo do tempo e as taxas de juros oferecidas pelos bancos. Esses encargos mudam constantemente, conforme o andamento da economia e a concorrência entre as instituições financeiras.
O comportamento da inflação no decorrer dos anos é outro fator imprescindível e também deve ser analisado na hora de fazer um financiamento imobiliário. Isso porque a economia nacional é muito instável e passa por diversas mudanças, por isso, é preciso fazer uma estimativa para os meses subsequentes na hora da contratação do serviço.
Taxa referencial
A taxa referencial (TR) foi criada pelo governo e serve como base aos juros nacionais, controlando a inflação. Como a TR é uma das mais estáveis, é possível fazer um planejamento financeiro seguro, visto que esse valor costuma se manter sem grandes alterações. Por isso, em geral, as variações são no valor das parcelas e não nos juros do financiamento. Portanto, a TR permite pequenas mudanças na inflação, para cima ou para baixo.
IPCA
O IPCA é a medida oficial da inflação brasileira, sendo mensurado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse índice pode sofrer variações constantes e é indicado para quem deseja financiar um imóvel no momento de baixa da inflação brasileira. No IPCA, todas as possíveis alterações em movimentações financeiras são medidas e avaliadas separadamente, para entender qual a melhor forma de investimento e aplicação.
Além disso, ele auxilia a fixar os valores nas parcelas dos financiamentos, ponderando as varrições do mercado e tornando as parcelas mais acessíveis. Entretanto, quem escolhe essa modalidade precisa se atentar aos juros acrescidos nas parcelas, em casos de grandes variações no IPCA.
Taxa fixa
A taxa fixa, lançada pela Caixa Econômica Federal em 2020, permite que a taxa de juros se mantenha fixa. Nesses casos, não existe a correção do saldo devedor, mesmo que haja variação na inflação, e as condições de pagamento são fixas. Essa opção envolve juros de 8% a 9,75% ao ano. Contudo, os valores das prestações podem variar conforme o sistema de amortização, com duração máxima de até 30 anos nos contratos.
O que é o sistema de amortização?
Os bancos, ao aprovarem os financiamentos imobiliários, permitem que as parcelas sejam equivalentes a 30% da renda apresentada pelo comprador. Existem dois tipos de sistemas de amortização:
- Sistema de Amortização Constante (SAC): valor da prestação é decrescente e amortizado constantemente. Ou seja, o valor da primeira prestação será sempre mais alto, porém, com o tempo esse valor diminui, fazendo com que o saldo devedor seja abatido mais rapidamente. O prazo máximo de financiamento é de 30 anos;
- Tabela PRICE: prestação com valor fixo e prazo máximo de financiamento de 20 anos. Assim, o valor a ser pago será o mesmo do início ao fim do contrato. Dentro do cálculo da parcela, pode haver mudanças e o valor da amortização cresce com o tempo.
Portanto, antes de fechar um contrato, é fundamental conhecer as taxas de juros de financiamento de imóvel para fazer a escolha mais acertada. Além disso, selecionar uma imobiliária qualificada é essencial no processo de entendimento sobre qual financiamento é mais viável para cada situação. Os profissionais dessas instituições também ajudam o comprador a fazer toda a negociação de forma mais segura.
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